terça-feira, 27 de abril de 2021

Dra Virginia Merlin é vencedora do cobiçado Troféu Walmyr Maingué para profissionais de saúde, concedido pelo Rotary Internacional

 

Dra Virginia Merlin, médica que preside o CEMUC há 40 anos como voluntária

Virgínia Merlin nasceu em Curitiba, no ano de 1953. Em 1980 graduou-se em medicina pela Universidade Católica do Paraná (hoje PUC), cursando especialização em Medicina do Trabalho, Ginecologia e Obstetrícia.

Logo após formada, atendia em postos de saúde na periferia de Curitiba e passou a trabalhar na clínica da Dra Elisa Checchia Noronha, uma das referências da obstetrícia do Paraná, criadora do 1º curso para gestantes do Brasil, que a convidou a fazer parte deste projeto, dando início à sua jornada de transformadora social.

As duas trabalharam em conjunto durante muitos anos e pouco a pouco Dra Virginia Merlin foi assumindo as pacientes, os partos, a coordenação do curso e a forma amorosa, solidária e competente de sua mestre, numa transição lenta, gradual e perfeita.

Não teve filhos, mas já realizou mais de 3.000 partos, muitos deles de diferentes gerações dentro da mesma família. Rotariana, participante do Rotary Club de Curitiba III Milênio, foi Presidente da Associação das Mulheres Médicas do Paraná e transformou o Curso para Gestantes em uma OSC denominada CEMUC - Centro de Apoio às Mulheres e ao Casal Grávido, a qual preside desde a sua fundação.


Na aula sobre placenta, cercada de alunos

Turmas sempre lotadas em suas aulas

Sua credibilidade atrai empresas parcerias para este projeto social

Alegria de participar das festas de confraternização no final de cada turma

Hoje o CEMUC é uma instituição formada por dezenas de voluntários de diferentes áreas do conhecimento que orientam famílias grávidas sobre gestação, parto, pós-parto e cuidados com o bebê através de 3 cursos gratuitos: Parto Amoroso para Gestantes, Parto Amoroso para Casais Grávidos e Mamãe eu quero Mamar, tornando-as mais seguras e confiantes para o desafio da maternidade, paternidade e criação de um bebê.

Em troca, cada aluno doa lãs e fraldas que são repassadas para entidades beneficentes de assistência a carentes. Mais de 100 entidades já foram beneficiadas com a doação de 90.000 novelos de lã, 100.000 fraldas, 6 toneladas de alimentos e incontáveis peças de enxoval e produtos de higiene.

Os cursos já formaram cerca de 50.000 alunos, incentivando-os a doar o líquido mais precioso para um bebê: o leite materno. O Banco de Leite do Hospital Evangélico de Curitiba já recebeu 40.000 litros de leite materno proveniente de alunas do CEMUC que, sensibilizadas por Dra Virginia e sua equipe, ajudam diariamente a alimentar e salvar a vida de bebês prematuros das UTIs Neonatal de Curitiba e Região Metropolitana.


Doações de leite materno somam 40.000 litros para o Banco de Leite Humano do Hospital Universitário Evangélico Maczenkie 

Doações já foram entregues para mais de 100 entidades beneficentes

A cada turma centenas de novelos de lã e fraldas são repassados a grupos de voluntariado

Presente em todas as aulas de todas as turmas, Dra Virginia é uma referência para os profissionais voluntários, as famílias de alunos, as entidades beneficentes, as famílias que recebem as doações, as empresas parceiras que custeiam os cursos e os milhares de amigos que colaboram com seus projetos.

Sua credibilidade garante a parceria de grandes empresas e seu exemplo já inspirou dezenas de mulheres a se voluntariar e utilizar seus talentos e habilidades profissionais em projetos de transformação social. 

 

 Alegria na festa anual das "Amigas de Barriga"com a presença das alunas e seus bebês 

Parceria com o Ministério das Mulheres da PIB - 1ª Igreja Batista de Curitiba para cursos e eventos com gestantes

Parceria com o Rotary Internacional para eventos culturais e de arrecadação de doações


O Curso Parto Amoroso transcendeu as paredes das salas de aula e tornou-se um ponto de encontro das mamães que compartilham temores e alegrias em relação à si e à maternidade, no grande grupo das “Amigas de Barriga”. Está presente nas principais redes sociais e, com a pandemia, as aulas tem sido realizadas através de lives semanais, gratuitas, com profissionais renomados abertas ao público, no instagram. Em paralelo, encontra-se em fase de produção o curso on line, que deverá ser lançado até o final de 2021, seguindo a missão de apoiar o maior número possível de famílias grávidas.


 

Prêmio Cidade de Curitiba - Destaque na Área de Saúde


Mãos de destaque

Honraria Paul Haris - Rotary Internacional


Mulher Destaque - Rotary Internacional

Prêmio Impulso de Boas Práticas no 3º Setor 

Por seu espírito voluntário e sua dedicação às causas sociais, Dra Virginia Merlin já foi agraciada com vários prêmios e homenagens ao longo de sua carreira. Entre eles, destacamos:

·    2015 - “Honra ao Mérito” entregue pela Câmara Municipal de Curitiba, pelos 60 anos de Curso Gratuito

2016 - Prêmio “Mulheres que fazem diferença”, entregue pela Associação das Senhoras de Rotarianos do Distrito 4730 de Rotary Internacional, por seu trabalho em prol das mulheres

2017 - Prêmio “Cidade de Curitiba”, entregue pela Câmara Municipal de Curitiba, por seu trabalho em prol da saúde na Capital Paranaense

2018 - Honraria “Paul Haris”, entregue pelo Rotary Club de Curitiba III Milênio, por seu trabalho em prol da saúde de mamães e bebês

2019 - Prêmio Impulso para Instituições do Terceiro Setor, entregue pelo Instituto RPC, pelo trabalho na área de comunicação, entre todas as instituições do Terceiro Setor do Estado do Paraná.

2020 - 3º lugar nacional no Hackathon, entregue pelo PMI – Project Management Institute, dentre instituições do Terceiro Setor de todo o Brasil, pelo planejamento para o lançamento de seu Curso on Line. 




Momento da entrega simbólica do troféu Walmyr Maingué para Dra Virgínia Merlin, pelo Presidente do Rotary Clube Bom Retiro, na live festiva de 27 de abril


Toféu Walmyr Maingué

Em 2021 Dra Virgínia Merlin foi escolhida como finalista no Troféu Walmyr Maingué concedido pelo Rotary Internacional, que homenageia profissionais de saúde que se destacam pelo amor à profissão, ética, relevantes serviços prestados à comunidade e, principalmente, pela diferença que seu esforço faz na vida das pessoas. 

Dr Walmyr Maingué foi um médico que dedicou sua vida à saúde pública e às causas sociais. Teve participação direta na melhoria de vários serviços de saúde que trouxeram sensível melhoria da qualidade de vida junto a população paranaense. Seu grande carisma e profissionalismo foram marcantes não somente junto aos pacientes, mas também em toda a comunidade. Foi fundador do Rotary Clube Bom Retiro e na data em que completaria mais um ano de vida, este prêmio é entregue anualmente.

Na noite do dia 27 de abril de 2021, 11 finalistas, todos profissionais de saúde de grande destaque no Paraná, entre médicos, dentistas, veterinários e nutricionistas, Dra Virginia Merlin foi a escolhida para receber este cobiçado troféu.

"Esta foi a edição com maior número de participantes, demonstrando a importância deste troféu e a atenção que os profissionais de saúde estão merecendo neste ano de pandemia", celebrou a Governadora do Distrito 4730 de Rotary Internacional, Anaides Orth.  

O presidente do Rotary Clube Bom Retiro 2020-2021 Evandro Rodrigues Correa fez o anúncio do nome da Dra Virginia, sob os aplausos dos mais de 30 presentes na Live Festiva promovida pelo Clube. 

" Com este troféu, o Rotary Clube Bom Retiro mantém vivo na memória de todos nós um exemplo de vida e profissionalismo e através dele destaca o mérito dos profissionais envolvidos no campo da saúde, sejam médicos, odontólogos, psicólogos, enfermeiros, bioquímicos, farmacêuticos, veterinários, nutricionistas, fisioterapeutas, agentes de saúde e outros da área médica hospitalar que se destacam no desempenho de suas funções, de forma ética, desprendida, espontânea, agraciando um deles por sua conduta exemplar e dedicação, prestando relevantes serviços à sociedade."

Para nós do CEMUC é um motivo de grande alegria e inspiração para continuarmos esta missão tão importante junto as famílias e bebês que chegam ao mundo.

Parabéns, Dra Virgínia!


sexta-feira, 23 de abril de 2021

Desafios da Família na Pandemia - live com a Psicóloga Carla Suzarte

Os desafios da família na pandemia: da gravidez à construção da dinâmica familiar, live excelente com a psicoterapeuta Carla Suzarte


Psicoterapeuta há mais de 35 anos, oriunda de uma família de 10 filhos, apaixonada pela investigação do comportamento e das relações humanas, Carla Suzarte iniciou sua carreira clínica com um projeto chamado ENGRAVIDANDO. Sempre encantada com o fenômeno gravidez e conhecendo as etapas difíceis dessa grande fase da vida, decidiu que um dos focos do seu trabalho seria acompanhar os casais que queriam engravidar. Esse caminho naturalmente a levou a atuar na construção da família, e hoje seu grande projeto chama-se COMUNICAÇÃO SAGRADA, que trabalha a comunicação dentro do sistema familiar.


Nossa live começou de forma muito bem humorada, com a palestrante esclarecendo que relacionamento é desafio, principalmente para o casal. E para os casais com filhos, o aprendizado vai à potência máxima.

A gravidez é o grande momento de inauguração da família e o casal tem o direito de se preparar, para que ambos se conheçam grávidos, sabendo que essa fase vai mobilizar muito das suas próprias experiências. 

Quando a gente pensa em ter um filhos, é preciso que o casal entenda que haverá uma mudança grande e permanente. É como se mudar para um novo país, sem volta. E é necessário aprender a nova linguagem e os novos costumes deste novo "país dos pais".

A gravidez é um momento de "crise" , mas de muita profundidade. É uma luminosidade tão grande quando você "dá a luz" que tudo isso confunde a cabeça, pois aconteceu a inauguração da família, mas os pais precisarão dar conta de todos os detalhes práticos, psicológicos, emocionais e de relacionamento a partir de então e, infelizmente, muitas famílias não se preocupam com isso.

Continua, explicando que "ainda hoje, não damos à gravidez a devida atenção que merece - é uma fase muito importante para um casal, na construção de uma família". Por mais que os homens atuais sejam bem mais participativos, é necessário um suporte por conta dos diversos enfrentamentos que virão com a chegada de um filho.

Para a saúde da futura família, é de extrema importância dar espaço, ouvir o casal grávido, descobrir como se apoiam e qual o lugar de cada um nessa caminhada. Não importa se vai ter gravidez física, se vão adotar, se são dois homens ou duas mulheres - o processo de construção da família é coisa muito séria. Precisamos desenvolver a consciência de que a família é basicamente para os filhos e que se deve manter essa estrutura mesmo que mais tarde a mãe /o pai concluam que não querem mais viver como casal. 

Muitas mães trazem para si o cuidado com o bebê, deixando o pai de lado nesta relação. Ao invés de ambos desenvolverem um olhar para o mesmo caminho, acabam se afastando, cada um seguindo para um lado. Daí começam os conflitos. O primeiro mês de um bebê em casa é caótico e é natural que seja assim. Se o casal está preparado para entender que isso é parte do processo, fica mais fácil administrar este conflito.

Carla contou que, por fazer parte de uma família com 12 pessoas, a dinâmica era outra. "Havia um tempo em que a chegada de um filho era, em parte mais tranquila por conta da própria constituição familiar", relembra. Era muito comum ter outras pessoas morando na casa: uma tia, os avós, pessoas que ajudavam na criação dessa criança. Hoje normalmente não há mais essa presença e toda ajuda é contratada, o que faz muita diferença. Sem contar que ambos precisam trabalhar. Falta tempo, orientação, apoio aos pais. E nesse caminho encontramos as babás, creches, escolas e diversas atividades oferecidas para as crianças passarem o dia.

Família é o maior desafio da nossa vida, é onde começam os desafios de crescimento. É onde vivemos muitos dos nossos conflitos.

Outro ponto importante ressaltado pela palestrante é que já não se leva em consideração a sabedoria das outras gerações. Pelo contrário, essa experiência é quase sempre desqualificada. "Vejo os avós muitas vezes perdendo seu lugar de importância na vida dos netos", conclui.

Carla explicou que até pouco tempo atrás, a criança nascia no meio de uma grande família e havia uma comunidade que apoiava o casal. Hoje, as famílias são nucleares e falta apoio e referência. O tempo de gestação traz uma grande transformação para a vida da mulher a da família. O período desta "crise" acaba ficando muito guardado dentro das mulheres.

Muitas vezes, a mulher pensa de um jeito e o homem pensa de outro jeito e aí começam os conflitos em relação à família que está sendo inaugurada. A busca do ponto de equilíbrio será uma construção para "inaugurar" esta família.

" É incrível como sai uma pessoa de dentro de você e você tem medo de cuidar dela, pois não sabe se comunicar com ela e o parceiro, muitas vezes também não sabe como lidar com esta situação", comentou Carla. Por isso é muito importante oferecer um apoio aos casais grávidos. Além de cursos e aspectos materiais, ter um acompanhamento. Esta é a essência deste projeto.


Família / Mosaico

Carla comparou a família à figura de linguagem de um mosaico. "A gravidez inicia a família, como num mosaico, onde se coloca pecinha por pecinha, formando um desenho maravilhoso e único."

Explicou que mosaico é palavra de origem grega que significa "obra das musas", que busca durabilidade e beleza singular. Nós também queremos durabilidade e beleza na nossa família. E a obra vai sendo construída, peça por peça, dia após dia. Mesmo quando há algum tipo de perda ou partida (seja dos pais ou dos filhos) a construção segue seu caminho.

Além disso, este mosaico representa também as gerações anteriores, que são responsáveis pelo que somos hoje.

Hoje estamos nos afastando muito deste mosaico familiar e com a pandemia o afastamento tornou-se ainda maior. No início, casais com filhos tiveram uma proximidade forçada e, aqueles que conseguiram se equilibrar nesta relação, puderam aprender a conviver em família, coisa que não conseguiam com êxito na correria frenética que vinham vivendo até então.


A pandemia e a relação familiar

Se a gravidez já é um processo difícil, podemos olhar esse momento por diversos ângulos: para alguns casais grávidos, o medo de enfrentar a vida pode motivar mais parceria; para outros, a separação.

Vamos começar olhando para os desafios de se engravidar nessa pandemia.  Aliás, por conta da frequência de relações sexuais no período de isolamento, aumentou muito o número de gestações, planejadas ou não. 

O fato é que nesse período de pandemia estamos vivendo sob a nuvem do medo, das perdas, das mudanças que sempre geram muita ansiedade. Os grávidos não estão podendo compartilhar, estão tendo seus filhos sem o apoio das famílias. E têm de assumir tudo, em torno da gravidez, parto, puerpério etc.

A pandemia "trancou " a família em casa, intensificando a relação e expondo os lados positivos e negativos da convivência. "As pessoas estão sendo convocadas a olhar para o desconforto e encontrar outras soluções".

Para compreender com mais profundidade os atuais impactos da pandemia no relacionamento familiar, vem realizando há alguns meses a pesquisa “FALA FAMÍLIA”, a partir de entrevistas com os adultos e crianças sobre o que está sendo mais difícil/desafiador, e o que estão aprendendo nesse período. 

Com base nas entrevistas já feitas e analisadas, destaca alguns pontos que estamos vivendo em decorrência da pandemia e do confinamento:

  • Convivência intensa

  • Aprendendo a lidar com tanta mudança

  • Medo, pânico, incertezas

  • Crise nos relacionamentos 

  • Casa como escritório, academia, escola, salão

  • Distância dos familiares, saudade

  • Aumento constante das mortes

  • Familiares doentes, internados

  • Aqueles que foram sepultados sem a presença da família.


"De repente o mundo parou e ninguém acreditou que fosse parar dessa forma, e por tanto tempo. É humano o sentimento de que não é comigo, não é no meu país, na minha cidade, na minha família. Mas o coronavírus derruba essa maneira de pensar e nos traz a consciência de unidade. Acredito que o maior desafio está acontecendo nas relações de forma profunda, de cada pessoa consigo mesma e com o outro", complementa.


Carla Suzarte: "meu olhar para a família é o mais respeitoso possível e minhas colocações são um convite à reflexão e não uma crítica ou um julgamento. Meu objetivo é plantar uma semente de saúde nas famílias com base no respeito, na comunicação e busca do equilíbrio na relação familiar.


Cada família tem seu jeito

Cada família funciona de um jeito. A questão que a palestrante ressalta é que cada um deve ter seu lugar definido na dinâmica familiar. A pergunta deveria ser: por que eu quero ter um filho? se não se pensa nisso, as consequências chegam e muitas situações acabam desestruturando ou contaminando a família, gerando relações tóxicas entre seus membros.

Continuou explicando que, quando um casal se separa, se não houver este olhar de respeito, os filhos acabam "se perdendo" desta família, muitas vezes perdidos em meio a raivas e desqualificações geradas pelos pais, que geram angústias na formação destes filhos. Por isso, família é coisa séria, que precisa buscar a cura dentro de si para se reinventar e reestruturar-se sempre que necessário, visando a harmonia.

Viver é difícil. Viver num relacionamento familiar é mais difícil ainda, mas também é uma fonte de reabastecimento para cada um buscar ser melhor para si, para o outro e para a família como um todo.

Quando uma criança apresenta um problema, o problema é da família, de todo o sistema. Não se deve "culpar" os pais, mas apoiá-los. Muitas vezes uma das crianças não está bem porque seus pais não estão bem e isso está "vazando" na criança e refletindo nela. Muitas crianças se responsabilizam pelos problemas dos pais, pois podem estar angustiadas com a relação conflituosa dos pais. Daí na escola a criança não aprende, ou não consegue se relacionar com os amiguinhos... o problema não está na criança em si, mas na família - o ideal seria conversar com a família para que ela recebesse um apoio (não crítica, nem culpa, nem recriminação).


De toda essa crise, é preciso nascer uma NOVA FAMÍLIA, aquela que vai em busca da sua potência, dos seus valores, da sua força, do que é necessário para colocar as relações em ordem.

  • Desconforto estimulando a mudança.

  • Resgate da conversa, do respeito, do ouvir e ser ouvido.

  • Olhar para a família como uma empresa, onde cada um tem o seu lugar, promovendo semanalmente reuniões para acompanhar o crescimento, os impedimentos e as novas ações que devem ser implementadas.

  • A família precisa se reinventar, se reorganizar, ocupar novos papéis, novos cargos.

  • Podemos ter ajuda, mas precisamos assumir o nosso lugar, sem tanta interferência dos funcionários em casa.

  • Maior pertencimento.

  • Buscar a cura dentro de nós e da nossa família.

  • O que fazer com as crianças? Olhar, ouvir, ler suas necessidades. Elas precisam gastar e produzir energia.  


Concluiu convidando os participantes a investir na família, convidando os membros para conversas frequentes, estabelecendo um dia / horário fixo para que a família se reúna e todos possam expor seus conflitos, com base no respeito e no acolhimento.


Esta live pode ser vista no instagram:

https://www.instagram.com/p/COTY_rdFlRp/


Contato com a Palestrante Carla Suzarte:

INSTAGRAM - https://www.instagram.com/carla.suzarte/

SITE - https://www.carlasuzarte.com.br/









Preparo das Mamas, Pega, Posicionamento e muitas dicas sobre Amamentação

Enfermeira Rosane Silva trouxe várias dicas práticas sobre amamentação num bate papo com a Coordenadora do Curso Parto Amoroso Fisioterapeuta Rossana Franke de Oliveira 


A live com a Enfermeira Obstetra Rosane Silva esclareceu muitas dúvidas sobre amamentação. Iniciou com informações sobre a mama e uso de sutiã. A primeira dúvida respondida foi:

- Mamas caem quando a mamãe amamenta? 

- Mamas caem amamentando ou não - é a lei da gravidade

Para fortalecer as mamas, a mamãe deve usar sutiã sempre, na medida do possível fazer exercícios físicos para fortalecer o peito e comer bastante proteína. Outra dica é cortar o sutiã para "encaixar" o mamilo, para que fique roçando na blusa e se fortaleça. Orientou que se a mamãe quiser dormir com sutiã, também pode, desde que seja bem confortável.

Se o sutiã molhou, deve imediatamente ser lavado com água e um pouco de bicarbonato - não deve ficar com nada úmido, para que não  haja proliferação de fungos

Após amamentação, a mãe deve passar leite materno na mama, pois ele hidrata e impermeabiliza.

As mãos devem estar SEMPRE higienizadas : antes, durante e após a amamentação.

Caso a mãe coloque uma concha ou absorvente entre a mama e o sutiã, precisa, antes de mais nada SECAR a mama. Pode usar um secador (mesmo com ar frio), mas não deve deixar umidade.


As mamas são diferentes?

Rosane explicou que , como as mulheres são diferentes, as mamas também são diferentes. Há diferentes calibres de ductos para passagem do leite. Às vezes, há ductos que estão "colados". Quando o bebê suga, o "descolamento" do ducto pode liberar sangue. Mas isso não afeta a saúde do bebê.

Explicou que não se deve pressionar a mama - caso a mamãe queira fazer a retirada de leite, só deve apertar na região areolar. A mãe também não deve esticar o mamilo, pois isso o deixará mais sensível.


O ambiente interfere na amamentação?

A prolactina é o hormônio de produz o leite. A ocitocina é o hormônio que libera o leite, da célula alveolar para os ductos. Se a mamãe estiver calma, feliz, a ocitocina liberará o leite. Uma mãe estressada poderá ter dificuldade para liberação de leite, por isso é tão importante que a amamentação ocorre em um momento de calma e tranquilidade.


Colostro, Leite Maduro

Assim que o bebê nasce, tem reflexos de buscar a mama. Na 1a. hora após o nascimento, é fundamental que o bebê chegue perto da mamãe para mamar. Do 3º ao 7º dia, o leite maduro vai descer. Neste período a mãe terá o colostro, que alimentará o bebê. O colostro é muito denso, cerca de 4 vezes a densidade do leite normal. Dentro dele tem nutrientes, anti corpos e uma riqueza que o bebê não deve perder.

Para amamentar, a mãe deve pegar o bebê na dobra do braço e o direcionar o bebê para pegar a aréola. Ele vai fazer uma sucção a vácuo. A mãe deve encostar o bico do seio na boquinha do bebê. Não deve massagear, pois isso estimulará ainda mais a produção de leite.


Perguntas, perguntas, perguntas

Esta live foi uma das campeãs de audiência no CEMUC. O público fez várias perguntas, sobre apojadura, compressa, bico invertido, preparo das mamas desde a gestação, entre várias outras, que foram respondidas com muita didática pela enfermeira Rosane Silva, esclarecendo que mais importante que o preparo das mamas, é a pega correta e o posicionamento para que não haja problemas com a mama.


Livre Demanda

Livre demanda é o bebê mamar bem em uma mama e em seguida mamar bem na outra mama. Ele tem que se saciar e a mama deve estar bem macia após a mamada. Quando o leite começa a sair da amam, é liberado um tipo de nutriente / em seguida outro e no final outro, por isso o bebê não pode mamar pouco. Precisa esgotar cada mama.

A mamãe deve oferecer as duas mamas em cada mamada. A mama é uma fábrica. Não é um depósito. A produção deve sair.

Outra dica muito importante é que o bebê deve mamar nas DUAS MAMAS EM CADA MAMADA. O bebê quando mama, não está apenas retirando o leite, mas está fazendo o útero voltar ao normal, estimulando prolactina para a mãe, ajudando a mãe a perder peso e uma série de outras funções. Cada bebê é diferente do outro. Alguns são mais fortes para mamar, outros mais tranquilos, demoram mais. Não há um tempo nem um horário pré definido. 


Cuidado com a Mamãe

A primeira a se cuidar deve ser a mãe. Ela precisa comer, higienizar bem as mãos, tirar um pouco da roupa do bebê, tomar água e só depois começar a dar de mamar. Quando começa a mamar, o bebê olha para a mamãe e neste momento muitas coisas estão acontecendo na sua formação como no corpo da mamãe. O bebê vai começar a mexer suas mãozinhas, "explorando" o peito da mamãe, por isso é importante a mamãe ter um cachecol, ou colar ou algo para o bebê mexer. Isso vai estimular a coordenação fina da criança mais tarde. 


O momento da mamada

Quando mama, o bebê trabalha com 28 músculos da face. Chega a 80 sucções por minuto. Ele vai se cansar, por isso, ao começar a mamar, ele relaxa e fecha os olhinhos. A mãe conta 20 segundos para ver se ele acorda ou se adormeceu. Ela pode acordá-lo para mamar mais. Às vezes, a mãe já retira e o bebê e logo ele ficará com fome novamente. É preciso observar os sinais de cada bebê.

Rosane também explicou que, para retirar o bebê do peito, a mãe deve colocar o seu dedo no cantinho da boca do bebê e só depois retirá-lo, sem que ele aperte e machuque o mamilo. Também esclareceu sobre arroto, cuidados para doação de leite, mães com HIV, entre muitas dicas, a partir de mensagens que chegaram da audiência, durante a live, num show de conhecimento, simpatia e didática.


A mamãe deve "namorar seu bebê"

A coordenadora Rossana Franke, apresentadora das lives do CEMUC, ressaltou que a mamãe deve aproveitar o tempo da amamentação para "namorar" com seu bebê. É um momento muito afetivo, que desenvolverá o lado sensível, social, relacional deste bebê no decorrer da vida. É de extrema importância para o bebê e para a mamãe, pois seus hormônios estiveram em uma "revolução" durante a gestação e o pós parto muda o humor da mulher. Este momento único da amamentação, do olhar de ternura que é trocado, faz estreitar os laços entre a mamãe e seu bebê, que durará para sempre.


A mamãe deve se cuidar

Delegue funções como: cuidar da casa, trocar o bebê, dar banho, etc para o papai, a vovó, as amigas, mas SE CUIDE, MAMÃE. A saúde da mamãe é a princípio da saúde do bebê. Mamãe deve se alimentar corretamente, se hidratar muito, fazer exercícios físicos, descansar, se tranquilizar e curtir este momento.


Para assistir a esta live, clique aqui:

https://www.instagram.com/cursopartoamorosogestante/


Contato com a Enfermeira Obstetra Rosane Silva: 41 99898-1345

sexta-feira, 16 de abril de 2021

Dra Tatiana Zacharow orienta sobre a prevenção do câncer de mama e incentiva cada mulher a se amar, se cuidar e usar a tecnologia de imagem a seu favor


Rossana Franke de Oliveira e Tatiana Zacharow deram um show de conhecimento e simpatia
"que a força e a alegria esteja com todas as mulheres"


No dia 16 de abril a décima live promovida pelo CEMUC no ano de 2021 foi com a com Dra Tatiana Zacharow, médica radiologista, com mestrado e doutorado em diagnóstico por imagem, trazendo muita informação para as mulheres sobre exames periódicos com foco nas mamas. 

Já no início da live trouxe uma estatística muito importante: segundo o Instituto Nacional do Câncer, a estimativa para este ano é de 76.000 casos novos de câncer de mama no Brasil, numa média de 43 casos para cada 100.000 mulheres, com predominância na região sudeste e sul do Brasil. Infelizmente o câncer de mama ainda é a principal causa de mortalidade de mulheres.

A médica iniciou falando sobre o auto exame, detalhando passo a passo: em frente ao espelho, se tocando e observando qualquer tipo de diferença na pele, mamilo ou "caroço". Isos deve ser feito todos os meses, mas não é o bastante.  

Orientou para que a mulher visite seu ginecologista uma vez por ano. O ginecologista fará a solicitação de exames, de acordo com a necessidade. O protocolo é de uma mamografia por ano a partir dos 40 anos. Em caso de mamas mais densas, é indicado fazer uma ultrassonografia. Ambos são métodos importantes e necessários. 

Os exames detectam lesões antes que ela se torne palpável, por isso devem ser regulares. O ideal é fazer o rastreamento para que, no caso de ser detectada uma pequena lesão (suspeita) o prognóstico de tratamento seja bem mais fácil. Quando o diagnóstico é precoce, as chances de sucesso são bem maiores.

Explicou detalhes sobre a mamografia: por que ela comprime as mamas / que detalhes são observados / quais os diferentes níveis de categorias de riscos, entre outros esclarecimentos.

Seguiu falando sobre o uso da ultrassonografia, especialmente em pacientes mais jovens e aquelas que tem mamas muito espessas, assim como as que apresentam microcalcificações.  

Outro exame sobre o qual a Dra Tatiana explicou foi a ressonância, que é realizada através de contraste. Ainda é um exame caro, indicado para pacientes que tiveram casos de câncer de mama na família ou quando tiveram um diagnóstico de tumor. É também uma exame que muitas mulheres reclamam pois o consideram desconfortável na hora de fazer.

A médica chamou a atenção para observação dos seguintes sintomas nas mamas: pele mais espessa, retração de mamilo, presença de caroço, líquido saindo do bico do seio (qualquer cor) ... alertou que, caso um desses sintomas ocorra,  é hora de correr e buscar ajuda. 

Tranquilizou as mulheres, afirmando que "havendo o diagnóstico correto é possível tratar para diminuir o tumor, às vezes nem precisando de cirurgia". Cada tipo de tumor e cada tipo de paciente terá um tipo específico de tratamento, que seja eficaz e suportável para ela.

Explicou que nem todo nódulo é maligno. Se há um nódulo que cresce de forma simétrica, circunscrito não há muito com o que se preocupar. Se ele é irregular, é sinal de tumor maligno. Neste caso, o médico fará um exame detalhado na mama, axila e partirá para o "estadiamento" , buscando se há metástase.

Salientou que a tecnologia deve ser aproveitada em favor da saúde e que as mulheres não devem deixar de fazer seus exames periodicamente, pois alguns tumores crescem com grande velocidade. É preciso adiantar-se e tratar o quanto antes para que não se desenvolvam.


Campanhas de prevenção ao câncer de mama acontecem no mundo todo em outubro
mas a mulher deve fazer o auto-exame TODOS OS MESES

Fatores de Risco

Dra Tatiana ressaltou a importância da mulher cuidar de si para poder cuidar da sua família. A gordura, em seu metabolismo, vai produzir estrogênio, que é o nosso inimigo para "fomentar" o aparecimento de câncer de mama. O stress também é um dos fatores apontados como "inimigo". No lado dos "amigos" estão: dieta com pouco açúcar, prática regular de exercícios físicos e busca da auto-estima.

Reconstrução da Mama

Quanto menor o tumor, menos tecido mamário é retirado. No caso da necessidade de retirada da mama, tenta-se preservar ao máximo a pele e o mamilo. Num primeiro momento é feito uma prótese de duplo lumen que, com o tempo, permite a prótese de silicone definitiva. 

Dra Tatiana explicou que a especialidade de onco-plástica tem feito trabalhos brilhantes de reconstrução de mamas, utilizando retalhos da barriga ou das costas e uso de micro-pigmentação. Isso tem ajudado muito na auto-estima das pacientes.


A médica também respondeu detalhadamente as perguntas sobre a relação do câncer de mama com a amamentação, hereditariedade, uso de hormônios, câncer de mama masculino, entre outras dúvidas apresentadas pelos participantes da live, num show de conhecimento e simpatia.


Se você não viu ou quiser rever esta live, clique aqui:

https://www.instagram.com/cursopartoamorosogestante/


Contato da Dra Tatiana Zacharow - médica radiologista - no insta: tatizacharow


terça-feira, 6 de abril de 2021

No Dia do Obstetra, homenageamos Dra Elisa Checchia, idealizadora do Curso para Gestantes - mulher a frente do seu tempo

Criadora do Curso para Gestantes que hoje é comandado pelo CEMUC, Dra. Elisa deixou um grande legado para a obstetrícia paranaense e oportunidade para muitas mulheres 


Em 1930, época em que as mulheres eram preparadas somente para o casamento e tarefas domésticas, Elisa Checchia ingressou no curso de Medicina da Universidade Federal do Paraná, aprovada em segundo lugar, dentre os 44 ingressantes, 42 deles homens. Formou-se em 1935 e partiu para São Paulo cursar especialização em obstetrícia. Retornando a Curitiba, montou seu consultório que sempre estava lotado. Isso se chama DETERMINAÇÃO.

Em 1939, já casada, acompanhou o marido, também médico e foram viver em Rolândia, interior do Paraná que, naquela época, era uma “cidade alemã” e passava por uma epidemia de tifo. Juntos, ela e o marido, trabalharam com pesquisa e informações à população sobre como prevenir a doença. Como Elisa falava alemão, isso facilitou sua adaptação na nova cidade. Ela foi uma das primeiras médicas a atuar no interior do estado, atendendo mulheres moradoras de Rolândia, Cambé, Apucarana, Arapongas e toda a região. Isso se chama PIONEIRISMO.

Em 1954, o casal retornou a Curitiba, considerando a necessidade de dar uma melhor educação às filhas, Brígida e Maria Aparecida. O terceiro filho, Agostinho, nasceu em Curitiba. Percebendo a falta de conhecimento que suas pacientes tinham em relação às mudanças em seu corpo causadas pela gestação, dúvidas em relação aos cuidados com o bebê, amamentação, entre outros "assuntos de cegonha", Dra. Elisa resolveu criar um CURSO GRATUITO, pioneiro no Brasil, para ensinar as gestantes. Anos mais tarde criou outro CURSO GRATUITO pioneiro no país, para os futuros pais. Esses cursos deram origem ao CEMUC - Centro de Apoio às Mulheres e ao Casal Grávido. Como mãe de 3 filhos e médica muito experiente, ela conhecia todas as dúvidas e podia tranquilizar os casais grávidos com todas as respostas. Isso se chama EMPATIA.

As aulas do curso aconteciam aos domingos à tarde, em seu consultório, sob protestos do marido. Logo Dra Elisa atraiu outros profissionais da área médica e de outras áreas que vieram auxiliá-la nas aulas, enriquecendo o programa do curso. Ela pedia às gestantes mais "ricas" para que doassem lãs e fraldas às mais "pobres", dando inicio à corrente do bem que até hoje acontece nos cursos promovidos pelo CEMUC. Isso se chama SOLIDARIEDADE. 

A partir daí, ela se concentrou na realização de mais um sonho: criar um hospital maternidade que realizasse partos mais humanizados e competência técnica para a mulher e o recém-nascido. Construiu e inaugurou em 1971, aos 63 anos de idade, o Hospital e Maternidade Santa Brígida (nome dado em homenagem à sua mãe). No Hospital Santa Brígida nasceu o primeiro bebê de proveta do Paraná e, em 2017, um bebê prematuro, que nasceu com apenas 460 gramas, conseguiu sobreviver.Isso se chama EMPREENDEDORISMO. 

Dra Elisa foi quem introduziu no Paraná o método contraceptivo intrauterino (DIU), foi Presidente da Associação Brasileira de Mulheres Médicas (ABMM) e era defensora do parto normal. Em 1972 representou o Brasil no Congresso Internacional em Paris, em 1973 foi a organizadora de uma memorável jornada médica em Curitiba e em 1995, juntamente com a pediatra Dra Zilda Arns, criou o Curso de Amamentação Mamãe eu quero Mamar. Isso se chama EMPODERAMENTO.

Drª Elisa Checchia faleceu em Curitiba, no dia 02 de fevereiro de 2000, aos 89 anos, deixando sua marca indelével na história da obstetrícia do Paraná, através de sua competência, amorosidade, visão de futuro e seu trabalho em favor de mães e bebês, que hoje é multiplicado através dos cursos promovidos pelo CEMUC em forma de aulas on line, distribuindo conhecimento gratuito de qualidade para famílias grávidas no mundo todo. Isso se chama LEGADO.

Nós, que hoje formamos o CEMUC, sentimos saudade e orgulho em poder seguir seus passos. Isso se chama INSPIRAÇÃO.

CEMUC - Centro de Apoio às Mulheres e ao Casal Grávido é uma instituição formada por voluntários de diferentes áreas do conhecimento que orientam famílias grávidas sobre gestação, parto, pós-parto e cuidados com o bebê através de cursos gratuitos. Em troca, cada aluno doa lãs e fraldas que são repassadas para entidades beneficentes de assistência a carentes. Funcionando ininterruptamente desde 1955, já formou cerca de 50.000 alunos, repassando doações de 90.000 novelos de lã, 100.000 fraldas e 40.000 litros de leite materno para alimentar bebês de UTIs Neonatal de Curitiba e Região Metropolitana. Conta com parceria de empresas que podem expor e vender produtos em seus cursos e redes sociais e é também um ponto de encontro das mamães que compartilham temores e alegrias em relação à si e à maternidade. Isso se chama OPORTUNIDADE DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL.

Dra Elisa: inspiração para jovens profissionais e acadêmicos

Dra Elisa com professores do curso e parceiros empresariais

Bebês na Maternidade Santa Brígida: uma das maiores do Paraná,
idealizada e construída por Dra Elisa