sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Lives sobre Osteopatia em dose dupla: Gestantes & Bebês

Em duas lives sobre osteopatia Dr Elcimar Reis deu um show de conhecimento 


No último dia 8 de outubro, o CEMUC promoveu live com o Osteopata Professor Elcimar Reis com o tema: "Osteopatia para Gestantes". O assunto rendeu tanto que, na semana seguinte, no dia 15, o tema se estendeu com a "Osteopatia para Bebês". 

Professor Elcimar Reis é fisioterapeuta de formação, colega de turma de nossa coordenadora de curso Rossana Franke de Oliveira. Enquanto ela especializou-se na área de obstetrícia, ele partiu para a osteopatia, especializando-se na EOM - Escola de Osteopatia de Madrid, onde é professor em todo o Brasil e também coordenador de curso na sede de Curitiba.


A Osteopatia

"Nosso corpo tem a capacidade de se auto-curar, desde que receba o estímulo adequado" com esta afirmação, Dr Elcimar deu início à live sobre osteopatia.

A osteopatia enxerga o indivíduo como unidade, por isso a globalidade é a melhor forma de pensá-lo. Através de uma metodologia própria de diagnóstico e tratamento, a osteopatia utiliza técnicas manuais, não invasivas, nem dependentes de medicamentos, que busca corrigir as mais diversas disfunções do corpo.

Parte-se do princípio de que "uma patologia instalada foi uma disfunção osteopática que não foi adequadamente tratada no passado". A partir daí, a prática osteopática busca o reequilíbrio corporal em todos os seus tecidos: ósseos, articular, muscular, nervoso, vascular, atuando na melhoria da mobilidade e motilidade dos órgãos do nosso corpo.



A importância da Osteopatia para Gestantes

Na equipe multidisciplinar que prepara a mulher para o parto, a osteopatia tem um papel muito importante. Dr Elcimar citou vários exemplos de situações em que a mulher poderá ter dificuldades para engravidar por causa de sequelas de enfermidades ou cirurgias, que podem ser corrigidas através da intervenção osteopática.

Explicou que, no caso de mulheres que tiveram endometriose, haverá aderências, que dificultam a mobilidade na tuba, impedindo a gestação. No caso de mulheres que se submeteram à cirurgia para retirada de apêndice, as aderências podem gerar tensões e incapacidade de ovulação em 50%. No caso de mulheres que tiveram meningite, a tensão gerada na hipófise pode dificultar a ovulação, entre outros exemplos, citados para ilustrar a relação entre as diversas partes do nosso corpo e as consequências que, num primeiro momento, parecem inusitadas.

"A queixa da paciente é sempre pontual, mas o olhar do osteopata é sistêmico", explica. A pergunta é: o que está acontecendo neste corpo para ter esta queixa específica? (refletida no ombro, no joelho ou no braço, por exemplo).


Como o Osteopata pode ajudar a Gestante?

Durante a gestação, há alterações do ponto de vista hormonal, físico e emocional.

Quanto mais o útero cresce, temos que lembrar que aumentam as pressões sobre outras estruturas internas, que "brigam" por espaço: intestino, diafragma, coração, circulação, etc. Esta "disputa" interfere no dia a dia da gestante e a osteopatia pode auxiliar visando melhorar a qualidade de vida e minimizar os desconfortos da futura mamãe, preparando-a para que possa enfrentá-los, especialmente no último trimestre, quando os espaços ficam ainda menores.

Vários exemplos de situações foram, detalhadamente explicados, a partir das perguntas feitas pela apresentadora da live, Rossana Franke de Oliveira (coordenadora do Curso Parto Amoroso) e de comentários dos participantes.

Dr Elcimar explicou que, na coluna vertebral, o peso da barriga faz a mulher mudar a postura e seu eixo de gravidade. Isso traz dores nas costas e outros desconfortos, que deverão ser observados e corrigidos pelo osteopata.

Explicou também que o os líquidos do corpo podem ser reequilibrados pela intervenção osteopática, buscando a melhora da função hepática e renal.

Citou também que algumas alterações são pré existentes, anteriores à gestação. E isso deverá ser detectado e tratado pelo osteopata. Por isso, seria interessante que toda mulher, antes de engravidar, fizesse uma avaliação com osteopata. 

Muitas gestantes são acometidas por infecções urinárias. Manter resquícios de urina na bexiga pela dificuldade para eliminar todo o volume é uma das causas desta infecção. A osteopatia tem uma efetividade muito grande neste trabalho de reequilíbrio dessas tensões, minimizando este problema e melhorando o reequilíbrio mãe-feto. 

No final da gestação, quando o bebê começa a se posicionar, começa a haver uma pressão muito grande na região pélvica e lombar. Isso pode gerar dores nas futuras mamães. "Com movimentos muito sutis e posicionamento da mãe, podemos relaxar a região e melhorar esta tensão através da osteopatia", comenta.

Além do olhar "anatômico", dr Elcimar mencionou a necessidade da gestante repensar seu comportamento: atividades físicas, hábitos alimentares, respiração, stress. Explicou que a placenta "guarda" a entrada do cortizol (gerado pelo stress) para proteger o feto. Porém a grávida que tem nível de stress constante e recebe um nível agudo, criará na futura criança uma possibilidade de ser extremamente reativa ao stress. Por isso é importante que a gestante "curta" sua gravidez com momentos prazerosos, com o mínimo de stress.

A osteopatia tem uma intervenção eficiente também no pós parto, que pode apresentar alterações anatômicas, aderências, cicatrizes, etc. A orientação é de que toda nova mamãe passe por uma avaliação osteopática após o nascimento do bebê.



A importância da Osteopatia Pediátrica

Dr Elcimar esclareceu que todos os recém nascidos deveriam passar por uma consulta com osteopata, em torno do 1º mês após o parto, especialmente porque no último trimestre da gravidez, dentro do útero, o bebê sofreu pressões em seu corpo e, conforme foi se posicionando para o nascimento, pode sofrer pressões e até alterações em sua estrutura.

A partir do momento que o bebê nasce, já é possível uma intervenção. A sugestão do profissional é que  após a 3a. ou 4a. semana do nascimento seja um momento adequado, independente de parto vaginal ou cesária.

Dr Elcimar explicou que os ossos do crânio e de outras partes do corpo do bebê dentro do útero estão "encavalados" para que o bebê possa nascer. Aos poucos, esses ossos vão se "movimentando" e se "encaixando" no local ideal onde firmam-se. Este processo deve acontecer naturalmente, mas nem sempre isso é possível, por isso é tão importante ter a avaliação de um osteopata já nas primeiras semanas pós nascimento, que saberá como atuar para "corrigir" eventuais deformidades, moldando a estrutura para sua anatomia adequada.

Esta reorganização feita pelo osteopata não apenas devolve a forma anatômica do bebê, mas vai contribuir para o funcionamento de todo o corpo. 

Os ossos que não estão corretamente posicionados acabam "deformando" toda a constituição do crânio, podendo dificultar os orifícios por onde passam a medula óssea, os canais de fluxo sanguíneo, nervos, entre outros, podendo gerar consequências bastante sérias, desde o ato de mamar, problemas com refluxo até outras, que vão se manifestar ao longo da vida da criança, causadas pela incoordenação de informações.

A live deixou muito claro, através de explicações de anatomia humana e casos concretos a importância de uma avaliação e do tratamento osteopático adequado na 1ª infância para evitar ou minimizar sequelas na vida da criança e, mais tarde do adulto.


Como funciona 

Dr Elcimar explicou que a avaliação osteopática, assim como todo o tratamento devem ser feitos da forma mais segura e gentil possível. A família acompanha tudo de perto e o bebê não sofre qualquer dor. 

Em seu consultório, o profissional utiliza um craniômetro para medir o crânio do bebê na direções: diagonal, antero-posterior e lateral visando determinar se este crânio está dentro de medidas adequadas. Há uma tabela que demonstra os parâmetros de medidas que o bebê deverá alcançar ao longo dos meses para alcançar uma normalidade.

A pressão exercida durante as práticas é mínima: utiliza os vetores de força dos tecidos e não força qualquer movimento. Por isso é de suma importância que o profissional seja experiente e muito bem preparado. 

Durante a consulta, os pais são orientados a seguir o tratamento em casa, com explicação detalhada das práticas a serem realizadas para cada caso específico.


Relato de Caso

Durante a live, um dos relatos do Dr Elcimar foi o de um bebê com apenas 22 dias de nascimento que foi levado ao seu consultório para avaliação.

Este bebê tinha medidas adequadas de crânio, porém, ao examiná-lo, ele observou que, durante todo o tempo da consulta, a criança estava com a cabeça rodada para esquerda. Por mais que ele tentasse posicioná-la de outra forma, a cabeça do bebê sempre voltava para a esquerda. Ao questionar os pais, eles disseram que em casa acontecia a mesma coisa. 

A partir daí, ficou clara a necessidade de atuação da osteopatia para corrigir esta situação pois, caso não houvesse uma intervenção, poderia gerar no futuro uma deformação na parte posterior do crânio, deixando a cabeça achatada de um lado. Além da intervenção do profissional em consultas, os pais foram orientados a fazer práticas em casa.


Participação da Audiência

As duas lives contaram com muitas pessoas participando com perguntas e observações, que muito enriqueceram seu conteúdo. Dr Elcimar respondeu a todas de forma clara e detalhada, desde perguntas de gestantes sobre dor lombar, como de mães sobre os pés de seus filhos, até perguntas sobre idosos.

Vale a pena assistir a essas duas lives. Clique nos links a seguir:

Osteopatia para Gestantes: https://www.instagram.com/p/CUyFmBKlyub/

Osteopatia para Bebês : https://www.instagram.com/p/CVEFGuLF2C6/


Contato - Dr Elcimar Reis 

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