domingo, 29 de novembro de 2020

Exposição "Negras Mães" intensifica a parceria CEMUC e Rotary Internacional

No dia 27 de novembro, a Fundação Rotária do Distrito 4730 de Rotary Internacional sediou a exposição "Negras Mães", fechando com chave de ouro o mês em que se comemora o dia da Consciência Negra.

"O Projeto Negras Mães foi idealizado por Cris Camargo e Ize Cavalheiro fotógrafas de vidas. Através de suas lentes, tem o objetivo de levar aos olhos do público a representatividade da Mulher Negra, sobretudo em sua fase gestacional. Por meio de um ensaio fotográfico afrotemático busca-se elevar a grandiosa fase da maternidade, e seu belo momento que carrega a beleza da vida e a sabedoria da ancestralidade que gera nova vida!" comemora Cris Camargo. 

Numa ação conjunta entre os Comitês Mulheres em Rotary e Projetos Humanitários do Distrito 4730 e o Curso Parto Amoroso, o evento contou com as mulheres comandantes de ambas as instituições, além da presença das lindas modelos gestantes, familiares, amigos e empresas parceiras neste projeto.

Dra Virginia Merlin, presidente do CEMUC e 
Sra Luiza Helena Tigrinho, representante do Comitê de Mulheres em Rotary

A parceria CEMUC-Rotary já dura décadas. Anualmente centenas de novelos de lã e pacotes de fraldas arrecadados junto aos alunos do CEMUC são doados à Associação de Senhoras de Rotarianos de Curitiba, que produz delicados enxovais para bebês e os doam para gestantes carentes.

Esta parceria também é responsável pela realização de palestras na área de saúde nos projetos: "Um dia de saúde e cidadania" e "Rotary: uma ponte para o futuro das crianças", que são realizadas com frequência em Curitiba e Região Metropolitana.

Mensalmente, há mais de uma década, o CEMUC abre as portas do Curso Mamãe eu Quero Mamar para a divulgação do projeto de prevenção da síndrome do bebê sacudido junto às suas alunas, sendo a médica Chang Chaim o elo entre as duas instituições.

"Como rotariana, sinto muita alegria em poder servir e hoje participar desta linda exposição, reunindo gestantes e mulheres que trabalham em prol da comunidade", festejou a Dra Virgínia Merlin.

Profissionais de comunicação cobriram o evento com fotos, vídeos e entrevistas que servirão como base para matérias jornalísticas e exposição on line.


Uma das modelos da exposição, Roberta Kisy, que é palestrante motivacional e trabalha com treinamento & desenvolvimento para afro empreendedores, conheceu o trabalho da Associação de Senhoras de Rotarianos e as lindas peças de enxoval produzidas para doação

A governadora 2020-2021 do Distrito 4730 de Rotary Internacional, Anaides Orth prestigiou a exposição, falando sobre a importância do papel da mulher nas ações de voluntariado e no protagonismo da sociedade moderna

A SEYTU, empresa de cosméticos responsável pelo make das modelos, também esteve presente na exposição, com seus produtos orgânicos e veganos, de excelente qualidade


Rosemari Rattmann e Luiza Tigrinho apresentam os trabalhos desenvolvidos pelas Comissões de Mulheres em Rotary e Projetos Humanitários do Distrito 4730


Cris Camargo, fotógrafa que produziu a exposição e Gisele Camargo, apresentadora do Programa Empodera Mulher, no clic com a Governadora do Distrito 4730, Anaides Orth


Equipe de produção da exposição


Mulheres em Rotary

A história da admissão da mulher no Rotary é mais um dos episódios da longa luta feminina pelo direito de, mais do que estar, ter voz em todos os espaços da sociedade. Fundada nos Estados Unidos em 1905 como uma organização exclusivamente masculina, assim optou por permanecer pelos 84 anos seguintes.

Em 1911, enfrentando a resistência da Associação Nacional de Rotary Clubs, um grupo de mulheres atuantes em vários ramos de negócios formou, na cidade norte-americana de Minneapolis, um Rotary Club feminino. No ano seguinte, na Convenção do Rotary, Ida Buel discursou sobre o papel do Rotary Club feminino existente em sua cidade, Duluth, e buscou apoio para a expansão dos clubes compostos por mulheres. Prevaleceu, no entanto, a decisão dos rotarianos contrários à ideia de aceitá-las na organização.

Em 1921, Alwilda Harvey, casada com o então presidente do Rotary Club de Chicago, formou o comitê Mulheres do Rotary, composto por 59 esposas de rotarianos e rejeitado pelo Conselho Diretor do Rotary International. O comitê foi então rebatizado como Mulheres do Rotary Club de Chicago. Dois anos mais tarde, em Manchester, Inglaterra, 27 esposas de rotarianos criaram uma associação que, em 1924, viria a se chamar Inner Wheel, existente até hoje.

Naquela época, no Brasil, era raro que as mulheres fossem admitidas mesmo como convidadas nos eventos do Rotary. Na década seguinte, Eugenia Hamann, esposa de um associado ao Rotary Club do Rio de Janeiro e muito ligada à assistência social e ao feminismo, teve publicadas em Rotary Brasileiro, como nossa revista então se chamava, duas contundentes cartas abertas nas quais questiona a exclusão das mulheres. É justamente no final dos anos 1930 que surge na cidade paulista de Bauru a primeira Associação de Senhoras de Rotarianos, uma iniciativa exclusivamente brasileira. Elas começavam a se organizar para ter mais poder de ação, mas ainda levaria tempo até que tivessem voz ativa no Rotary.

A disputa continuaria pelas décadas seguintes. Em 1978, depois de admitir três mulheres, o Rotary Club de Duarte, nos Estados Unidos, foi suspenso pelo Rotary International. O imbróglio chegou à Justiça e, em 1987, por unanimidade a Suprema Corte americana decidiu a favor da admissão das mulheres. Com isso, no Conselho de Legislação de 1989, a palavra homem foi eliminada dos documentos estatutários da organização.

Hoje a presença da mulher em Rotary é tão grande e influente, que o Distrito 4730 é governado pela atuante Anaides Orth, juntamente com sua equipe e a presidência internacional 2022/2023 será exercida por uma mulher, Jennifer Jones.

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