Muito comportados, cheirosos, elegantes e fofíssimos, os bebês fizeram a alegria da tarde comemorativa aos 60 anos do Curso Parto Amoroso, com suas orgulhosas mamães, ex-alunas do CEMUC.
Em meio a tantas memórias e histórias para compartilhar, eles são a prova viva do sucesso deste curso, que já orientou gratuitamente mais de 30.000 alunos, entre futuras mamães e papais.
Também estiveram presentes o 1º bebê do curso, hoje com 60 anos de idade, a Sra Jacinta Caron e um dos primeiros bebês a nascer pelas mãos da Dra Elisa Checchia Noronha, o Sr. Luimir Gonzalez, hoje com 77 anos de idade, que escreveu um a um os nomes dos certificados expedidos pelo CEMUC, a pedido de cada um dos homenageados.
Jacinta Caron - o primeiro bebê do curso - hoje com 60 anos de idade
Luimir Gonzalez, bebê de 1937, nascido pelas mãos da Dra Elisa, escrevendo à mão livre os nomes dos homenageados, nos Certificados expedidos pelo CEMUC, durante o evento
Muitas surpresas envolveram o público: já na entrada, um cavalete com pincéis de vários tamanhos, simbolizando que a obra ainda está em andamento e que depende de diferentes pessoas, com diferentes talentos para dar continuidade. O quadro, com a foto da Dra Elisa Chechhia Noronha, fundadora do Curso Parto Amoroso, diz:
"A boa ação de uma única pessoa pode mudar o mundo".
Além de doar seu tempo e talento em aulas gratuitas para gestantes da comunidade, o CEMUC arrecada junto às turmas, novelos de lã, fraldas e alimentos, que são repassados a entidades assistenciais de Curitiba e Região Metropolitana.
Ao longo de 60 anos, já foram arrecadados e repassados:
- 70 mil novelos de lã
- 60 mil fraldas
- 20 mil peças para bazar
- 6 toneladas de
alimentos
Durante a solenidade, uma mesa, forrada com toalha de tricô feita a mão, continha o livro com centenas de fotos e cartas de agradecimento das entidades e famílias beneficiadas com as doações do CEMUC.
Em nome das entidades beneficiadas, a Sra Fatima, presidente
da Associação Beneficente São João Batista fez o agradecimento ao CEMUC
Momentos antes do início da sessão - Dra Elisa e sua mensagem aos convidados
O CEMUC guarda um a um cada mensagem recebida das entidades
para as quais repassa lãs, fraldas e alimentos
Em sua fala, Sra Fátima representou todas as entidades beneficiadas pelo CEMUC
Momento "Fofura" foi a história contada pela Dra Virgínia Merlin sobre o surgimento da Matrioska (boneca que em seu interior contém outra boneca menor, que contém outra menor e assim sucessivamente)
Lenda da Matrioska - reprodução do texto de Isadora Cordeiro
Era uma vez um virtuoso carpinteiro russo chamado Serguei, que ganhava a vida talhando belos objetos de madeira. Todas as semanas, ele enfrentava o frio do bosque para buscar madeira e assim construir novos objetos. Uma certa manhã, ao sair para recolher a madeira, ele encontrou o campo todo coberto de uma grossa capa de neve. A noite havia sido difícil. Ele rezou. Toda a madeira que ele encontrava no caminho estava úmida e só lhe servia para fazer fogo.
Abatido pelo cansaço, ele decidiu retornar à sua casa e tentar a sorte no dia seguinte. Quando estava dando meia volta, lhe chamou a atenção um tronco de madeira esplêndido, o mais belo que já havia visto em sua vida. Rápido como um raio ele retornou ao seu estúdio, porém vários dias se passaram até ele decidir o que talhar. Finalmente, decidiu fazer uma preciosa boneca.
Era tão bonita, que decidiu não vendê-la para lhe fazer companhia. “Você se chamará Matrioska” disse ele à inerte figura. Cada manhã, ao levantar-se ele falava com sua companheira. “Bom dia, Matrioska” . Um dia, ela lhe respondeu: “Bom dia Serguei”. O carpinteiro se surpreendeu, porém ao invés de sentir medo ele se sentiu feliz por ter alguém com quem conversar.
Com o tempo, o carpinteiro percebeu que Matrioska estava triste e lhe perguntou o que estava acontecendo. Ela lhe respondeu que via que todo mundo tinha um filho ou filha e ela desejava ter um. “Terei que te abrir e isso será doloroso” – respondeu Serguei. E ela disse: “Na vida, as coisas importantes requerem um pequeno sacrifício”. E sem pensar duas vezes ele talhou uma réplica, menor e lhe chamou de Trioska. Ela já não se sentia mais sozinha.
O instinto maternal se apoderou também de Trioska e Serguei concordou que esta também teria um filho, se chamaria Oska. Mas Oska também queria um decendente. O carpinteiro contou que dessa vez a madeira poderia originar uma boneca má. Oska não desistiu. Após pensar, ele talhou um boneco, bem pequeno, pintou nele um bigode e lhe batizou de Ka. Colocou-o em frente ao espelho e disse: “Você é um homem, não pode ter filhos!”
Dra Virgínia Merlin encantou a todos ao contar a Lenda da Matrioska