Em nossa live do dia 25 de março “mês da mulher” o bate papo foi sobre um tema bem feminino, bastante atual e ainda pouco conhecido do grande público: a fisioterapia pélvica.
Convidamos Anna Lorenzoni que é fisioterapeuta
formada pela Faculdade Evangélica do Paraná em 2014. Fez especialização em
Fisioterapia Pélvica Internacional com ênfase em obstetrícia e uroginecologia pela
Faculdade Inspirar em 2016. Professora de Pós-Graduação da Faculdade Inspirar -
Sedes Curitiba, Florianópolis, Goiânia e Vitória, de 2018 a 2020. Atua como fisioterapeuta
pélvica do Hospital Vita Linha Verde - PROFISIO e é fundadora da Clínica
Angular - Pilates e Fisioterapia.
Com muita
desenvoltura, a profissional abriu a live dizendo que o tratamento de gestantes
deve sempre ser feito com muito carinho e que, apesar da grande facilidade de
acesso à informação, a pelve – local por onde o bebê vai passar ao nascer - é
ainda uma região na qual há um grande mistério junto a muitas futuras mamães,
por isso a importância deste tema.
A pelve
conecta a parte de cima com a parte de baixo do corpo, sustentando-o. É através
dela que nos movimentamos. A pelve serve
de estrutura e é o primeiro berço do
bebê. Durante toda a gestação ele vai se alterar para que o bebê possa se
desenvolver, por isso é preciso
trabalhar muito bem esta região.
A parte de
baixo da pelve é chamada de assoalho pélvico que, juntamente com músculos,
tendões e ligamentos sustenta o peso dos nossos órgãos e do bebê que está sendo
gerado. Todo este complexo precisa estar muito bem fortalecido e flexível para que
a mulher não venha a ter disfunções.
Dra Anna
salientou que o ideal é a mulher iniciar a prática da fisioterapia pélvica antes
mesmo de engravidar para corrigir eventuais disfunções e fortalecer seu
assoalho pélvico, antes de começar a receber a sobrecarga proveniente do peso
do bebê + líquido + placenta.
Lembrando
também que, devido as alterações hormonais provenientes da gravidez, o hormônio
RELAXINA faz com que a gestante fique mais relaxada, enfraquecendo sua força
muscular, por isso o ideal é ganhar muita força já no início da gestação,
quando há menos deste hormônio e menos peso em seu corpo.
Para cada
fase da gestação muda-se a conduta terapêutica, com a indicação de diferentes
práticas visando diferentes objetivos. No 1º trimestre busca-se fortalecimento
e consciência perineal. No 2º trimestre os exercícios visam mobilidade e
flexibilidade. No 3º trimestre, quando aparecem mais dores, os exercícios baseiam-se
no alongamento.
Para gestantes
que pretendem o parto normal, além do alongamento, precisarão buscar elasticidade
e praticar o treino expulsivo. Quando, na hora do parto ouvir: “faça força” ela
vai estar preparada para saber onde fazer esta força e como fazê-la.
Dra Anna faz
uma analogia com o esporte para explicar a importância da fisioterapia pélvica
para a s gestantes: “Ninguém corre uma maratona sem se preparar. Esta
preparação compreende desde fortalecimento das pernas, até respiração e isso
leva tempo e muito empenho por parte de cada atleta. Para o parto, a lógica é a
mesma: o assoalho pélvico é o lugar onde o bebê vai crescer e por onde vai
passar ao nascer, por isso precisa estar muito bem treinado”.
Todo este
trabalho é feito seguindo as orientações do médico obstetra, num esforço
multidisciplinar com toda a equipe de acompanhamento desta gestante.
A fisio
pélvica vai auxiliar no bem estar da mulher de forma ampla, como na respiração,
que sendo bem treinada, ajuda a minimizar dores, acalmar a gestante, facilitando
seu sono e seu dia a dia. Também trabalha com os órgãos a ponto de diminuir
constipação. Outro benefício é o de ensinar a contrair e relaxar os músculos do
assoalho pélvico permitindo à gestante não ter a urina presa, evitando
infecções e outros problemas urinários provenientes de uma pelve com
musculatura rígida.
Esses e
outros muitos benefícios da prática da fisioterapia pélvica descritos em
detalhes, além de muitas outras dicas preciosas podem ser vistas e revistas nesta
live.
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instagram, clique em:
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Para entrar em contato com a Fisioterapeuta
Pélvica Anna Lorenzoni: