Texto reproduzido do blog A.Maternidade
Você já ouviu o ditado “neblina baixa sol que racha”? Se nunca ouviu, vou explicar. Dizem que quando o dia amanhece com muita neblina é porque será um dia lindo, de muito Sol. Este texto tem a ver com isto. A neblina que vem antes do Sol e do céu azul…
Ahhhhhh os primeiros 60 dias com um bebê recém nascido em casa... O leite que finalmente desce, deixando o seu seio do tamanho de um melão transgênico. Duro igual uma pedra. Os hormônios que te fazem ir do gatinho fofo do shrek para a esposa do Chuck, o boneco assassino. Se você fez cesariana a cicatriz incomoda. Se você teve parto normal sentar incomoda. A barriga que fica igualzinha uma bexiguinha “murcha”, bem murchinha. Se quando grávida você tinha uma linha escura na barriga (“linea nigra”), saiba que ela consegue ficar ainda mais escura depois do parto (surpresaaaa!!). O umbigo que fica igual o olho esquerdo do Nestor Cerveró. Sangue, sangue, sangue e mais um pouquinho de sangue. Leite, leite, leite e mais um pouquinho de leite. E você que odiava usar absorvente agora tem que usar não somente na calçinha mas também no sutiã. E para fechar com chave de ouro ainda temos a famosa cinta pós parto (ou calçinha alta) que alguns médicos recomendam.
E não para por ai. Ainda temos:
Uma mistura de sentimentos que ninguém consegue explicar. Uma sensação de felicidade plena misturada com cansaço, amor, euforia, e tristeza.
Noites mal dormidas.
E se a noite é bem dormida, você então acorda boiando em um mar de leite. Azedo.
Seus mamilos que há esta altura já estão tão indignados com você que já quase te perguntam: Escuta aqui mulher, que merda é esta que você está tentando fazer?
Cólica.
Choro. Muito choro. Chora o bebê, chora você.
E não para por ai. Ainda temos:
Uma mistura de sentimentos que ninguém consegue explicar. Uma sensação de felicidade plena misturada com cansaço, amor, euforia, e tristeza.
Noites mal dormidas.
E se a noite é bem dormida, você então acorda boiando em um mar de leite. Azedo.
Seus mamilos que há esta altura já estão tão indignados com você que já quase te perguntam: Escuta aqui mulher, que merda é esta que você está tentando fazer?
Cólica.
Choro. Muito choro. Chora o bebê, chora você.
Mil pessoas palpitando na sua vida e na do bebê: Não pode comer tal coisa porque dá cólica. Mas você precisa se alimentar bem pois esta amamentando. Chá de camomila é excelente para cólica. Mas não pode dar na mamadeira porque se não o bebê não vai mais pegar o peito. O bebê está dormindo demais, de menos. Está mamando demais, de menos. Você está agasalhando demais, de menos.
Quebrante. Bem vinda ao mundo do tal do quebrante. E sempre vai ter uma pra falar: “Quebrante é comum. A gente mesmo coloca quebrante nos filhos”. Quer saber? Vai todo mundo tomar no meio do cu com este papo de quebrante. Quebrante me IRRITA!!! Não vou amarrar fitinha vermelha no bebê e ponto final.
Cocô explosivo. De madrugada. Por que? Por que Por que Senhor?
Vacinas que doem mais em você do que nele.
E durante uma madrugada qualquer, você já no auge da privação de sono, ergue o tom de voz, implorando para que o bebê durma. O bebê dorme. Você olha aquele rostinho lindo, e se pergunta: Como eu fui capaz de erguer a voz para este anjinho que eu amo mais que tudo? Que bruxa! Eu sou a pior mãe do mundo. Víbora. Eu mereço arder no fogo do inferno…
E a quarentena acaba e você fica pensando como vai dizer para o marido que a última coisa que passa na sua cabeça é sexo.
E saiba que quando finalmente rolar, há grandes chances de ser uma merda. Juro que não sei o que acontece, mas independente do tipo de parto, da impressão que voltamos a ficar virgens depois de ter filho, ou é o pinto do marido que resolve ficar gigantesco e virar estrela de filme pornô.
Você cuida do bebê e acaba esquecendo de você. Você fica dias sem ao menos se olhar no espelho. Não que você não queira, mas simplesmente porque você não lembra. Falta de tempo, falta de memória, não sei. Só sei que um dia você vai se olhar no espelho e vai se deparar com uma sobrancelha mais peluda que a perna do maridão. E vai lembrar que você além de mãe, é mulher, e esposa, e filha, e amiga.
E nestas alturas você já está igual aquele vídeo do David depois do dentista: “Is this real life”?!
Cocô explosivo. De madrugada. Por que? Por que Por que Senhor?
Vacinas que doem mais em você do que nele.
E durante uma madrugada qualquer, você já no auge da privação de sono, ergue o tom de voz, implorando para que o bebê durma. O bebê dorme. Você olha aquele rostinho lindo, e se pergunta: Como eu fui capaz de erguer a voz para este anjinho que eu amo mais que tudo? Que bruxa! Eu sou a pior mãe do mundo. Víbora. Eu mereço arder no fogo do inferno…
E a quarentena acaba e você fica pensando como vai dizer para o marido que a última coisa que passa na sua cabeça é sexo.
E saiba que quando finalmente rolar, há grandes chances de ser uma merda. Juro que não sei o que acontece, mas independente do tipo de parto, da impressão que voltamos a ficar virgens depois de ter filho, ou é o pinto do marido que resolve ficar gigantesco e virar estrela de filme pornô.
Você cuida do bebê e acaba esquecendo de você. Você fica dias sem ao menos se olhar no espelho. Não que você não queira, mas simplesmente porque você não lembra. Falta de tempo, falta de memória, não sei. Só sei que um dia você vai se olhar no espelho e vai se deparar com uma sobrancelha mais peluda que a perna do maridão. E vai lembrar que você além de mãe, é mulher, e esposa, e filha, e amiga.
E nestas alturas você já está igual aquele vídeo do David depois do dentista: “Is this real life”?!
E os dias passam.
E entre um choro e outro aparecem os sorrisos. Sorrisos que fazem seu coração explodir de amor e alegria.
Amamentar fica bem mais fácil.
Você já se sente mais segura e não se deixa abalar por palpites de terceiros.
Os hormônios dão uma trégua.
O bebê começa a dormir melhor.
Você e o seu bebê vão se conhecendo e entrando em sintonia. E não é que você está pegando a “manha” desta tal maternidade?!
Você até começa a cuidar um pouquinho de você.
Sexo volta a ser algo interessante, bem interessante.
E a vida vai voltando ao normal. Um novo normal.
Amamentar fica bem mais fácil.
Você já se sente mais segura e não se deixa abalar por palpites de terceiros.
Os hormônios dão uma trégua.
O bebê começa a dormir melhor.
Você e o seu bebê vão se conhecendo e entrando em sintonia. E não é que você está pegando a “manha” desta tal maternidade?!
Você até começa a cuidar um pouquinho de você.
Sexo volta a ser algo interessante, bem interessante.
E a vida vai voltando ao normal. Um novo normal.
E um belo dia você entra no elevador do prédio e encontra uma vizinha. No colo dela um bebê de 10 dias. Você olha para ela. Olha para o bebê. E tenta lembrar como era a sua rotina quando o seu filho tinha aquele tamanho.
Você tenta puxar na memória. Você não consegue lembrar. Como assim? Seu bebê tem só 7 meses, nem faz tanto tempo. Mas por que você não lembra? É como se tivesse uma fumaça. Uma neblina cobrindo a memória…
Você tenta puxar na memória. Você não consegue lembrar. Como assim? Seu bebê tem só 7 meses, nem faz tanto tempo. Mas por que você não lembra? É como se tivesse uma fumaça. Uma neblina cobrindo a memória…
Os primeiros 60 dias de neblina.
Se você ainda está no seus 60 dia de neblina, tenha paciência. Curta os dias de pijama. Não caia na pressão dos outros que exigem que você saia da sala de parto como se nada tivesse acontecido. A vida mudou. Você mudou. Não se force a nada, absolutamente nada. Você já tem novidades o suficiente para processar. Não seja tão dura com você. Não permita que sejam tão duros com você. As visitas podem esperar. O mundo pode esperar. Leve as coisas no seu ritmo e se deixe levar rumo ao Sol. Pois depois da neblina, sempre vem o Sol.
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