terça-feira, 19 de abril de 2016

Era uma vez dois bebês no ventre de uma mãe




"Ela está ao nosso redor. Estamos cercados por ela. Estamos nela."


Era uma vez, dois bebês no ventre de uma mãe.

Um perguntou ao outro: 
"Você acredita em vida após o parto?"

O outro respondeu: 

"Por que? É claro! Tem que haver algo após o parto. Talvez nós estejamos aqui apenas para nos preparar para o que pode acontecer depois."


"Bobagem", disse o primeiro, "Não há vida após o parto. Que tipo de vida seria essa?"


O segundo disse: 

"Eu não sei, mas deve haver mais luz do que aqui. Talvez caminhemos com as nossas pernas e comeremos com nossas bocas! Talvez teremos outros sentidos que não podemos entender agora..."


O primeiro respondeu: 

"Isso é um absurdo! Andar a pé é impossível! E comer com a boca? Ridículo! O cordão umbilical nos fornece nutrição e tudo o que precisamos... Mas, o cordão umbilical é tão curto! Não pode haver vida após o parto, logicamente."


O segundo insistiu: 

"Bem, eu acho que há alguma coisa, e talvez seja diferente daqui. Talvez a gente não vá mais precisar deste cabo físico."


O primeiro respondeu: 

"Bobagem. E além disso, se há vida, então por que ninguém jamais volta de lá? O parto é o fim da vida, e no pós-parto não há nada além de escuridão, silêncio e o esquecimento. Nos leva a lugar nenhum."


"Bem, eu não sei", disse o segundo, "mas certamente vamos entender a Mãe e ela vai cuidar de nós."


O primeiro respondeu: 

"Mãe? Você realmente acredita em Mãe? Isso é ridículo! Se a Mãe existe, então onde ela está agora?"


O segundo disse: 

"Ela está ao nosso redor. Estamos cercados por ela. Estamos nela. É nela que vivemos. Sem ela este mundo não seria nada e não poderia existir!"


"Bem, eu não a vejo.", disse o primeiro, "por isso é claro que ela não existe!"


Então o segundo respondeu: 

"Às vezes, quando você está em silêncio e se concentrar, você realmente consegue ouvir... Você percebe sua presença e consegue ouvir Sua voz amorosa, vindo lá de cima".



Escrito por Útmutató a Léleknek

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