O evento aconteceu no Auditório da ALEP - Assembleia Legislativa do Estado do Paraná, por iniciativa da Frente Parlamentar de Medicina da Assembleia Legislativa do Paraná, do Deputado Estadual Ney Leprovost, da ONG Prematuridade.com e da Sociedade Paranaense de Pediatria.
Com falas presenciais e algumas através de vídeos, o evento contou com os seguintes palestrantes:
- Dra Gislayne Souza Nieto - coordenadora no Paraná do Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria
- Dr Zacharias Kalil - cirurgião pediátrico e deputado federal
- Dra Cristina Terumy Okamoto - presidente do departamento de neonatologia da Sociedade Paranaense de Pediatria
- Dra Regina Paula Guimarães da Silva - pediatra neonatologista, doutora em saúde da criança e professora de pediatria da UFPR
- Dr Carlos Frederido Oldemburg Neto - instrutor do curso de reanimação neonatal e chefe da UTI do Hospital do Trabalhador.
- Fernanda Crosewski - representante da SESA- Secretraria Estadual de Saúde
- Ágata Bertoli - depoimento pessoal, como mãe de prematuro
Os temas foram variados, com conteúdos atualizados e muito interessantes. Entre eles, destacamos:
A prematuridade gera problemas de saúde nos bebês, além de problemas psicológicos e financeiros nas famílias.
A primeira infância é de suma importância e ela começa no útero das mães - um pré natal eficiente detecta problemas de saúde da gestante e, se bem tratada, poderá ter uma gestação segura até o final - AQUI ENTRA A IMPORTÂNCIA DA ORIENTAÇÃO, QUE É FEITA NO CURSO PARTO AMOROSO.
No Brasil, 12% dos bebês nascem com menos de 37 semanas de gestação. Nosso país está entre os 10 primeiros do mundo com maior número de prematuros.
Em Curitiba, de 2016 a 2023, diminuiu em 20% o número de nascimentos, porém cresceu 30% o número de prematuros.
A prematuridade é uma das principais causas de óbito neonatal.
As UTIs Neonatal precisam estar aptas ao atendimento de prematuros, com políticas de capacitação para profissionais de saúde, equipamentos específicos e treinamento para seu uso. Destaque para o uso do saco plástico para manter a temperatura do recém-nascido com menos de 34 semanas, berços equipados, clampeamento oportuno do cordão umbilical, ventilação, entre outros.
Há 162 projetos de lei tramitando na Câmara Federal, ligado direta ou indiretamente à prematuridade.
A cobertura vacinal baixa no Brasil expõe as crianças a doenças que já haviam sido erradicadas. Os casos de coqueluche, por exemplo, aumentaram 8 vezes do ano de 2023 para 2024. Em prematuros, que são 2 vezes mais suscetíveis a doenças, o problema torna-se ainda maior.
São muitas as sequelas da prematuridade, uma delas são as retinopatias, que podem levar à cegueira.
Mãe de Prematuro
A fala da mãe de prematuro, que teve seu bebê em plena pandemia, mostrou as dificuldades que a família enfrentou pela falta de informação, falta de um acolhimento efetivo e, especialmente, de conforto para as mães que passam a "morar" na UTI Neonatal, como um local adequado para dormir, descansar, uma cozinha para esquentar alimentos, etc.
Isso gera stress, desequilíbrio psicológico, podendo vir a secar o leite, transformar-se em depressão, entre outros aspectos relacionados ao convívio familiar, carreira profissional, etc.
Mesmo sendo seu segundo filho, esta mãe, como a grande maioria, não fazia ideia do que é uma UTI Neonatal e de todos os riscos e desconfortos que o bebê e a família iria passar. Falta informação.
Hoje, felizmente, seu bebê Enzo está bem, sem sequelas, levando uma vida normal.
Banco de Leite Humano
Todo o processo de coleta, tratamento e oferta do leite materno aos prematuros foi apresentado, demonstrando também que há desperdício desta preciosidade por falta de informação das mães doadoras e das dificuldade de armazenamento e logística.
Divulgação
O evento distribuiu camisetas alusivas ao tema, bottons, carteira e vacinação para prematuros, em parceria com Mauricio de Souza e os personagens da turma da Monica, além de folders.
Nenhum comentário:
Postar um comentário